Feminismos e Abordagem Centrada na Pessoa: possibilidades de diálogo entre duas áreas do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.62506/phs.v6i33.209Palavras-chave:
Feminismo, Movimento Feminista, Abordagem Centrada na Pessoa, ACPResumo
Não é possível precisar quando começou a exploração de gênero, nem a negação de direitos aos grupos marginalizados, mas é viável a definição dos momentos em que a luta feminina se fortaleceu e mudou o curso da história da humanidade. Todo o sistema capitalista é pautado na exploração humana, que gera impactos na subjetividade daqueles que compõem essa coletividade. A Abordagem Centrada na Pessoa, enquanto linha teórico-prática da Psicologia, é capaz de dar conta daqueles que sofrem as consequências dessas desigualdades, ao compreender e acolher questões emocionais e psíquicas. O presente artigo busca identificar possíveis pontos de encontro entre os Feminismos e a ACP e, para chegar-se a eles, são expostos panoramas gerais dos Feminismos - sua definição e principais momentos de levante - e da Abordagem, explicitando sua visão de ser humano e principais aspectos da atuação clínica. A sinergia entre ambos torna-se explicita ao perceber-se que enquanto que os Feminismos batalham por mudanças na ordem desse sistema que impõe violências aos indivíduos, a ACP possibilita ao sujeito autonomia para além das opressões. Ambas as áreas de conhecimento - e atuação prática - se complementam, alcançando espaços que não dão conta quando tratadas individualmente.
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