O Despertar Do Infinito Na Finitude. Uma Análise Do “Jogo Como Símbolo Do Mundo” De Eugen Fink
DOI:
https://doi.org/10.62506/phs.v1i3.64Palavras-chave:
Fink, Jogo, Símbolo, Ser humano, MundoResumo
Este artigo objetiva apresentar uma breve análise da compreensão finkiana de jogo a partir de uma perspectiva filosófica cosmológica, noção estruturada por Eugen Fink em “Jogo como Símbolo do Mundo” (1960). Na obra, o autor reivindica a possibilidade de uma abordagem do jogo como um problema filosófico legítimo e se propõe a pensar esse tema para além dos contornos estabelecidos pela metafísica tradicional, por meio da filosofia platônica, a qual concebe o jogo como uma mera reprodução da realidade. Fink se volta para os cultos ritualísticos na vida das comunidades primitivas e argumenta que, nesse contexto, a “não-realidade” do mundo do jogo tinha um caráter ontológico elevado em relação às coisas ordinárias da realidade cotidiana. É a partir desse caminho que o autor desenvolve a sua interpretação do jogo, com base em três noções estruturantes: a totalidade, a medialidade e a noção de símbolo. Nesse sentido, delineia-se a compreensão de jogo como uma abertura extasiante em relação à totalidade do mundo, como manifestação do infinito do mundo no ser humano finito.