Gerenciamento Do Tempo Na Era Da Técnica: Reflexões À Luz Do Pensamento Heideggeriano
DOI:
https://doi.org/10.62506/phs.v1i1.14Palavras-chave:
Gerenciamento do Tempo, Ocupação, Angústia, TédioResumo
Este artigo tem como propósito aprofundar a discussão acerca do fenômeno designado como “gerenciamento do tempo”, a partir das ideias heideggerianas que circundam a expressão cunhada por ele de “Era da Técnica”. Destaca-se; em particular, as reflexões do filósofo sobre o pensamento calculador (operacional, pragmático e apartado da reflexão do que é mais próprio e originário da experiência de ser-no-mundo), o sentido da ocupação e as disposições afetivas angústia e tédio. Busca-se compreender a relação entre o modo de vida atual, caracteristicamente acelerado e superficializado, a reificação de uma apregoada necessidade e pretensa habilidade de “gerir o tempo” e o esquecimento da vivência da temporalidade como fluxo existencial. Pretende-se, simultaneamente, refletir criticamente, sobre as mudanças, implicações e impactos advindos das novas configurações sociais produzidas por este modo de pensar, cujos alicerces parecem assentar-se na concepção moderna de tempo enquanto medida e produto.