Os limites do objeto: Sobre a noção de espectralidade em Jacques Derrida.
DOI:
https://doi.org/10.62506/phs.v4i2.176Palavras-chave:
Espectro, Ontología, PolíticaResumo
A seguir, propõe-se desenvolver a noção de espectralidade elaborada por Jaques Derrida em sua conferência intitulada Espectros de Marx. Como veremos, o espectral é uma categoria particular que escapa à tentação de ser colocada de um lado ou de outro da habitual dicotomia levantada entre presença e ausência, o real e o virtual e, claro, a vida e a morte. Dessa forma, Derrida desafiará a ontologia tradi-cional ao demonstrar a porosidade constitutiva da fronteira traçada entre ser e não-ser que, ele assegura, manifesta a natureza deslocada da realidade. A noção de espectralidade possibilita, entao, uma nova for-ma de pensar o político como uma atividade voltada para um horizonte de justiça, motivada por aquele excedente do presente representado pelas gerações já mortas e pelas que ainda não nasceram, cuja pressão sobre os vivos o tornará impossível considerar um fechamento do conflito ou um fim da história.
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