Da Crítica Ao Positivismo Naturalista À Fenomenologia Como Um “Positivismo Filosófico”.
DOI:
https://doi.org/10.62506/phs.v1i2.26Palavras-chave:
Edmund Husserl, tarefa crítica, naturalismo, positivismo, progresso, fenomenologiaResumo
O presente artigo aborda, inicialmente, o exercício da tarefa crítica na fenomenologia de Husserl. Destaca a denúncia concernente aos contrassensos teóricos da doutrina naturalista, além de ressaltar a ingenuidade epistêmica das ciências positivas fundadas no naturalismo. Em seguida, o presente artigo mostra que a denúncia de tais contrassensos se torna uma condição para o exercício da “tarefa positiva”, através da qual seria revelado um sentido fenomenológico da ideia de “progresso” (Fortschritt). Trata-se agora não de um progresso fortuito, resultante de um começo e um fim eventuais, mas de um progresso fundado nas “próprias coisas”, isto é, na presença intuitiva da coisa à consciência. O novo sentido da referida ideia permitiria à fenomenologia de Husserl aspirar a um autêntico “positivismo filosófico”.