Unidade Sintética como Gestalt: Gurwitsch e a Teoria de Gestalt Via Kant e a Fenomenologia

Autores

  • Hernani Pereira dos Santos Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.62506/phs.v2i2.126

Palavras-chave:

Fenomenologia, Filosofia, Percepção, Psicologia Fenomenológica

Resumo

O principal objetivo deste ensaio é sugerir que a reinterpretação proposta por Gurwits-ch da fenomenologia em termos da Teoria da Gestalt, bem como a sua crítica a Husserl, baseiam--se em uma releitura substantiva de duas doutrinas desenvolvidas por Kant em sua Crítica da Razão Pura: a doutrina da unidade sintética do múltiplo sensível e aquela da unidade sintética da apercepção. Propõe-se que isto indica que os conceitos centrais da Psicologia da Gestalt tenham sido estruturados de forma transcendental. Em última instância, isto permite uma aproximação crítica de Psicologia da Gestalt e fenomenologia transcendental. A este respeito, começar-se-á com uma revisão da Dedução Transcendental de Kant e com o desdobramento de seus momen-tos nucleares relacionados com a questão da síntese. Em segundo lugar, procurar-se-á demons-trar como Gurwitsch emprega a Psicologia da Gestalt em um sentido epistemológico, colocando e apresentando as suas premissas em um quadro teórico singular, distante dos objetivos originais de seus precursores. Finalmente, apresentar-se-á como a sua interpretação da Psicologia da Ges-talt implica a estrutura da Dedução Transcendental de Kant e como ela pode ser usada para uma crítica de pressupostos idealistas que podem ser encontrados em diferentes tradições filosóficas, que incluem, também, Kant e algumas teorias de Husserl.

Biografia do Autor

Hernani Pereira dos Santos, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

PhD in Psychology (UNESP/Assis). Assistant Professor at Pontifical Catholic University of Paraná, Brazil.

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Publicado

2022-06-22

Como Citar

Pereira dos Santos, H. (2022). Unidade Sintética como Gestalt: Gurwitsch e a Teoria de Gestalt Via Kant e a Fenomenologia. Phenomenology, Humanities and Sciences, 2(2), 229–240. https://doi.org/10.62506/phs.v2i2.126