Buytendijk E O Transtorno Do Espectro Autista: Um Olhar Fenomenológico Sobre a Experiência Infantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62506/phs.v2i1.72

Palavras-chave:

Transtorno do Espectro Autista, Buytendijk, Fenomenologia, Criança

Resumo

O artigo aborda questões relevantes para a compreensão do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ao mesmo tempo em que apresenta elementos teórico-clínicos do médico e psicólogo holandês F. J. J. Buytendijk. O desenvolvimento de estudos relacionados à Biologia e à Fisiologia por parte do autor, permite uma interlocução com as pesquisas atuais no campo das Neurociências. A reflexão que ora se apresenta, contudo, é de teor mais fenomenológico e busca descrever a experiência da criança com TEA, mostrando que o corpo é portador de uma dimensão espiritual ou ontológica, que não deve ser negligenciada. Em A Fenomenologia do Encontro, Buytendijk, ilustra a importância da vivência intersubjetiva não apenas para a criança autista, mas para todo e qualquer ser humano. No caso do indivíduo com TEA, no entanto, a vivência de um encontro autêntico com outrem pode funcionar como um elemento terapêutico no sentido de propiciar a liberdade e o despertar da própria existência.

Biografia do Autor

Litiara Kohl Dors

Doutora em Filosofia pela Universidade do
Oeste do Paraná (UNIOESTE), Psicóloga pela
Universidade Paranaense (UNIPAR)

Referências

APA (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5. Porto Alegre: Artmed.

Buytendijk, F. J. J. (1931). Le cerveau et l’intelligence. Journal de Psychologie normal et pathologique, 28, p. 345-371.

Buytendijk, F. J. J. (1935). El juego y su significado: el juego en los hombres y en los animales como manifestación de impulsos vitales. Madrid: Revista de Occidente.

Buytendijk, F. J. J. (1951). La liberté vécue et la liberté morale dans la conscience enfantine. Revue Philosophique de la France et de L’Étranger, T. CXLI (n. 1-3), 1-19.

Buytendijk, F. J. J. (1952). Phénoménologie de la rencontre. Paris: Desclée de Brouwer.

Buytendijk, F. J. J. (1988). The first smile of the child. Phenomenology + Pedagogy, 6(1), 15-24. DOI: https://doi.org/10.29173/pandp15065 (Original em 1947).

Buytendijk, F. J. J. (2017). A gênese psicológica do espírito materno. Revista da Abordagem Gestáltica, 23(1), 111-120. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672017000100012&lng=pt&tlng=pt (Original em 1960).

Costa, D. S., Malloy-Diniz, L. F., & Miranda, D. M. (2018). Genética e desenvolvimento humano. In: Débora M. Miranda & Leandro F. Malloy-Diniz (Orgs). O pré-escolar. São Paulo: Hogrefe.

De Beauvoir, S. (1949). Le deuxième sexe: les faits et les mythes. Paris: Gallimard.

Eshraghi, A. A., Liu, G., Kay, S. S., Eshraghi, R. S., Mittal, J., Moshiree, B., & Mittal, R. (2018). Epigenetics and Autism Spectrum Disorder: Is There a Correlation?. Frontiers in Cellular Neuroscience, 12, 78. https://doi.org/10.3389/fncel.2018.00078

Merleau-Ponty, M. (1945). Phénoménologie de la perception. Paris: Gallimard.

Posar, A., & Visconti, P. (2018). Sensory abnormalities in children with autism spectrum disorder. Jornal de Pediatria, 94(4), 342-350. https://doi.org/10.1016/j.jped.2017.08.008

Rogers, S. J., & Dawson, G. (2014). Intervenção precoce em crianças com autismo: modelo Denver para a promoção da linguagem, da aprendizagem e da socialização. Lisboa: Lidel.

Sartre, J.-P. (1943). L’être et le néant: essai d’ontologie phénoménologique. Paris: Gallimard.

Silva, C. A. F. (2014). A dança da vida: Buytendijk e a fenomenologia do encontro. Estudos Filosóficos (São João del-Rei), 13, p. 73-86. Disponível em: https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/revistaestudosfilosoficos/art6%20rev13.pdf

Silva, C. A. F. (2018). Buytendijk e o fenômeno do primeiro sorriso na criança. Revista do NUFEN, 10(3), 105-123. https://dx.doi.org/10.26823/RevistadoNUFEN.vol10.n03artigo

Downloads

Publicado

2021-04-22

Como Citar

Dors, L. K. (2021). Buytendijk E O Transtorno Do Espectro Autista: Um Olhar Fenomenológico Sobre a Experiência Infantil. Phenomenology, Humanities and Sciences, 2(1), 51–61. https://doi.org/10.62506/phs.v2i1.72