Notas Sobre O Projeto Da Fenomenologia Meôntica De Eugen Fink
DOI:
https://doi.org/10.62506/phs.v1i3.60Palavras-chave:
fenomenologia meôntica, constituição, imagem, trascendentalResumo
Partindo de um recorte muito específico e que privilegia o problema da constituição, o presente artigo pretende apontar os pilares argumentativos do que podemos chamar de “projeto de fenomenologia meôntica”, que Fink desenvolveu em diálogo e ao mesmo tempo em confronto com a fenomenologia de Husserl, de quem foi o último assistente e principal colaborador. A intenção do artigo é mostrar como o problema da constituição – ou, na formulação imortalizada pela fenomenologia francesa, “o problema da origem do mundo” – foi sendo delineado já em Presentificação e Imagem e aparece de modo mais claro na obra mais importante desse período, a IV. Meditação Cartesiana, mas também – e, talvez de modo mais impactante para a recepção francesa da fenomenologia husserliana – no famoso artigo publicado em 1933 na Kant-Studien. Por fim, defendo que, diante do problema da constituição/origem do mundo, a fenomenologia de Fink se deixa compreender melhor pelo predicado ‘meôntica’, rompendo com a determinação husserliana de uma fenomenologia ‘transcendental’.
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