Rompendo O Silêncio Da Razão: A Palavra Viva Segundo Levinas E Merleau-Ponty
DOI:
https://doi.org/10.62506/phs.v1i2.27Palavras-chave:
palavra, silêncio, subjetividade, alteridadeResumo
O objetivo da exposição é mostrar a crítica que Levinas e Merleau-Ponty dirigem ao poder neutralizante e totalizante do pensamento em relação às subjetividades humanas concretas. Mesmo existindo uma grande diferença entre os dois filósofos, é possível dizer que ambos defendem a seguinte tese: o pensamento não detém o segredo e as potencialidades da linguagem. Ou seja, a linguagem é a condição do pensamento, e não sua serviçal. Ver-se-á também que Levinas se preocupa mais em descrever o sentido a partir do qual o silêncio produzido pela razão é rompido, ao passo que Merleau-Ponty argumenta que é preciso ouvir as próprias vozes silenciadas pela razão. Ressaltamos em conclusão que, mais do que produzir silêncio, a razão pode descobrir-se como uma forma de sensibilidade entendida como audição, responsabilidade e inquietude ética.
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