DESENVOLVIMENTO DA ESCUTA CLÍNICA NA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA — RELATO DE EXPERIÊNCIA DISCENTE
DOI:
https://doi.org/10.62506/phs.v5i3.207Palavras-chave:
Aprendizagem Ativa, Psicologia Clínica, Habilidade Clínica, Ensino Superior, Psicoterapia Centrada na PessoaResumo
A facilitação do ensino, ao invés de uma educação mais tradicional, possibilita ao aluno maior habilidade e adaptação às mudanças que as situações práticas apresentam, pois o próprio conhecimento em si é mutável. A formação do psicólogo compreende o desenvolvimento de habilidades e competências que baseiam sua identidade profissional, como a escuta psicológica clínica. Este artigo tem como objetivo discutir as possibilidades de desenvolvimento da escuta clínica a partir de uma disciplina teórica na graduação de Psicologia. O fundamento teórico foram as metodologias ativas e a proposta de ensino centrado no aluno de Carl Rogers. O método utilizado foi de natureza qualitativa, de inspiração fenomenológica. A análise gerou duas categorias, a saber: o vínculo e as atitudes facilitadoras na relação docente-discentes; as metodologias ativas, o processo formativo e o desenvolvimento da habilidade de escuta. Compreende-se que a qualidade afetiva da relação entre os discentes e a docente durante a disciplina, somado às metodologias ativas empregadas no desenvolvimento das atividades avaliativas e de de sala de aula, possibilitaram uma aprendizagem significativa condizente com o objetivo de aprendizagem. Sugere-se que mais pesquisas englobando as práticas de escuta em psicologia sejam realizadas.
Referências
Alves, A. A., Oliveira, I. B. M., & Júnior, M. A. K. (2021). Metodologias ativas de aprendizagem por meio de produção de vídeos e construção de mapas mentais. In L. J. S. C. Marchesan & A. F. Neu (Eds.), Metodologias ativas de aprendizagem na educação básica técnica e superior. Nova Xavantina: Pantanal Editora.
Amatuzzi, M. M. (1990). O que é ouvir. Estudos de Psicologia (Campinas), 7(1-2), 86-97. Disponível em: https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estudos/article/view/7947
Bereta, T. A. D. S. (2022). Metodologias ativas e compromisso ético na formação em Psicologia. Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica.
Brito, R. A. C., & Freire, J. C. (2014). Ludoterapia Centrada na Criança: uma leitura a partir da ética de Emmanuel Lévinas. Revista da Abordagem Gestáltica, 20(1), 118-127. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1809-68672014000100015&script=sci_abstract&tlng=pt
Conselho Federal de Psicologia. (2005). Código de Ética do Profissional de Psicologia. Brasília: Conselho Federal de Psicologia.
Conselho Federal de Psicologia. (2022). Reflexões e orientações sobre a prática da psicoterapia. Brasília: Conselho Federal de Psicologia.
Castro, T. G., & Gomes, W. B. (2011). Aplicações do método fenomenológico à pesquisa em psicologia: tradições e tendências. Estudos de Psicologia (Campinas), 28(2), 153-161. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf
Dutra, E. (2004). Considerações sobre as significações da psicologia clínica na contemporaneidade. Estudos de Psicologia (Natal), 9(2), 381-387. Disponível em: https://www.scielo.br/j/epsic/a/7dTyvpTbPQW9XfFsgk4shcn/abstract/?lang=pt
Guimarães, M. S., & Maciel, C. M. L. A. (2021). A afetividade na relação professor-aluno: Alicerces para a aprendizagem significativa. Research, Society and Development, 10(10), e21101018362. https://doi.org/10.1590/S0104-40602010000300015
González, F. E. (2020). Reflexões sobre alguns conceitos da pesquisa qualitativa. Revista Pesquisa Qualitativa, 8(17), 155-183. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/346063651_Reflexoes_sobre_alguns_conceitos_da_pesquisa_qualitativa
Holanda, A. (2006). Questões sobre pesquisa qualitativa e pesquisa fenomenológica. Análise Psicológica, 3(24), 363-372. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/262481440_Questoes_sobre_pesquisa_qualitativa_e_pesquisa_fenomenologica
Marchesan, L. J. S. C., & Neu, A. F. (2021). Metodologias Ativas de Aprendizagem na Educação Básica, Técnica e Superior. Nova Xavantina: Pantanal Editora.
Martins, A. M. O., Coimbra, M. N., Oliveira, J. A., & Maturano, A. S. (2019). Metodologias ativas para a inovação e qualidade do ensino e aprendizagem no ensino superior. Revista EDaPECI, 19(3), 122-132. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/edapeci/article/view/12147
Ministério da Educação. (2022). Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) para os cursos de graduação em Psicologia e estabelecimento de normas para o Projeto Pedagógico Complementar (PPC) para a formação de professores de Psicologia. Brasília: Ministério da Educação.
Morán, J. (2015). Mudando a educação com metodologias ativas. In C. A. Souza & O. E. T. Morales (Eds.), Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa: Foca Foto.
Morán, J. (2018). Metodologias Ativas para uma Aprendizagem mais Profunda. In L. Barinch (Ed.), Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso.
Moreira, V. (2010). Clínica Humanista-Fenomenológica - estudos em psicoterapia e psicopatologia crítica. São Paulo: Annablume.
Paiva, M. R. F., Parente, J. R. F., Brandão, I. R., & Queiroz, A. H. B. (2016). Metodologias ativas de ensino-aprendizagem: revisão integrativa. SANARE - Revista de Políticas Públicas, 15(2), e16910514838. Disponível em: https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1049
Pinheiro, M. N., & Batista, E. C. (2018). O aluno no centro da aprendizagem: uma discussão a partir de Carl Rogers. Revista Psicologia & Saberes, 7(8), 70-85. Disponível em: https://revistas.cesmac.edu.br/psicologia/article/view/770
Prado, C. C., & Teotonio, W. S. (2020). Uso de metodologia ativa no ensino do comportamento animal, no curso de psicologia. Revista Thema, 17(1), 35-44. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/1034
Rogers, C. R. (1973). Liberdade para aprender. Belo Horizonte: Interlivros.
Rogers, C. R. (2003). Terapia centrada no cliente. Lisboa: Ediual - Editora da Universidade Autónoma de Lisboa.
Rogers, C. R. (2010). As Condições Necessárias e Suficientes para a Mudança Terapêutica de Personalidade. In J. R. Doxsey et al. (Orgs.), Abordagem Centrada na Pessoa. Vitória: Edufes.
Rogers, C. R. (2017). Tornar-se Pessoa. São Paulo: Martins Fontes.
Souza, L. S., Santos, D. A. D. N., & Murgo, C. S. (2020). Metodologias ativas na educação superior brasileira em saúde: uma revisão integrativa frente ao paradigma da prática baseada em evidências. Revista Internacional de Educação Superior, 7(1), e021015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/riesup/article/view/8656540
Venturini, C. R. A. (2022). Agir pedagógico e metodologias ativas no ensino superior: estudo de caso num curso de Psicologia de uma IES privada (Dissertação de mestrado). Porto: Faculdade de Psicologia, Educação e Desporto, Universidade Lusófona do Porto.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Phenomenology, Humanities and Sciences
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.