Debate em torno de emoções, sentimentos, afetos e suas possíveis interlocuções com a prática em Gestalt-terapia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62506/phs.v3i3.143

Palavras-chave:

Sentimentos, Afetos, Fenomenologia, Gestalt-Terapia

Resumo

Esse escrito trata da vida afetiva de um ponto de vista fenomenológico, em sua dimensão existencial, segundo as reflexões aportadas por Edmund Husserl em texto inédito, recentemente tornado público para os leitores de língua espanhola, através da tradução realizada por Antonio Zirión Quijano, sob o título de “Conciencia del sentimiento - conciencia de sentimientos. Sentimiento como acto y como estado” (2021). Configura-se, pois, como fundamental fonte de instigações não apenas para a Fenomenologia enquanto método eidético, racional e de rigor, mas também, e talvez sobretudo, para os pesquisadores da alma humana em suas diversas acepções científicas, cujos sentimentos, afetos, precisam ser investigados e compreendidos, com os necessários fundamento e rigor metodológicos. Compreende-se na presente proposição de diálogo entre Filosofia e Ciência, o lançar de luzes aportadas pelo saber filosófico na direção de esclarecimentos conceituais elaborados empiricamente no seio da Gestalt-Terapia enquanto abordagem psicoterápica, o que absolutamente não implica meras transposições de conceitos de um acampo a outro, mas a abertura para provocações dali provindas, enfatizando-se a necessidade de delimitação de cada dessas fontes de saberes a seus respectivos lugares de mútua instigação.

Referências

Boainain Jr, E. (1998). Tornar-se transpessoal: transcendência e espiritualidade na obra de Carl Rogers. São Paulo: Summus.

Fagan, J., & Sheperd, I. (1980). Gestalt-Terapia: teoria, técnicas e aplicações. Rio de Janeiro, RJ: Zahar Editores.

Husserl, E. (1988). Vorlesungen über Ethik und Wertlehre 1908-1914. Husserliana XXVIII. Dordrecht/Boston/London: Kluwer Academic Publishers.

Husserl, E. (2001). Psychologie Phénoménologique (1925-1928). Librairie Philosophique J. Vrin, Paris, France.

Husserl, E. (2021). Fenomenología de la vida afectiva. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: SB Editorial.

Merleau-Ponty, M. (2018). Fenomenologia da Percepção. São Paulo, SP: Editora WMF Martins Fontes.

Moreira, V., & Cavalcante Junior, F. S. (2008). O método fenomenológico crítico (ou mundano) na pesquisa em psico(pato)logia e a contribuição da etnografia. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 8(2). Recuperado em 15 de junho de 2023, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200010&lng=pt&tlng=pt.

Rogers, C. R. (1977). A Pessoa como Centro. São Paulo: EPU.

Downloads

Publicado

2023-07-19

Como Citar

Olinda Braga, J. (2023). Debate em torno de emoções, sentimentos, afetos e suas possíveis interlocuções com a prática em Gestalt-terapia. Phenomenology, Humanities and Sciences, 3(3), 150–158. https://doi.org/10.62506/phs.v3i3.143