A noção de serenidade no pensamento de Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.62506/phs.v5i3.189Palavras-chave:
Heidegger, Fenomenologia, Hermenêutica, Ontologia, PsicologiaResumo
O presente estudo tem por intuito primordial apresentar a noção de serenidade pensada por Heidegger. Considerando que esta complexa noção – evocada da tradição mística medieval – pressupõe um percurso prévio percorrido por Heidegger, tratamos de apresentar, na introdução e de forma sumária, algumas das pegadas desse caminho: sintetizamos, assim, a analítica existencial elaborada pelo Filósofo da Floresta Negra em Ser e Tempo (2014/1927). Tratou-se de realizar um estudo teórico, valendo-se da obra do filósofo alemão como principal fundamento e dos comentários enquanto materiais complementares. A discussão que se dividiu em três partes: 1. Crítica do pensamento moderno-científico. 2. Técnica, Metafísica e Atitude Existencial. 3. Serenidade: acenos à Psicologia. Nesse divisão, foram abordados os primórdios da racionalidade grega em seu processo de instituição da racionalidade ocidental, bem como a sua radicalização na modernidade e a sua conversão no horizonte da tecnociência. Confrontando esse processo histórico, apresentamos o pensamento fenomenológico como ponte que transiciona o homem para um horizonte diverso. A noção de serenidade contém um potencial assombroso: ela é capaz de dizer, simultaneamente, sim e não, ao mundo da técnica: ela diz sim, pois não recusa que a técnica está aí; mas também diz não: pois o questiona e o desnaturaliza.
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