Alguns Conceitos Fundamentais de Fenomenologia Constitutiva
DOI:
https://doi.org/10.62506/phs.v2i2.130Palavras-chave:
Tradução de Texto ClássicoResumo
O texto presentemente traduzido corresponde ao capítulo único da terceira seção do livro “O campo de cons-ciência” (The Field of Consciousness), publicado em 1964 no original em inglês (Gurwitsch, 1964/2010). Mas, a obra foi publicada primeiramente na tradução para o francês, em 1957, com um título ligeiramente mais extenso: “Teoria do campo de consciência” (Théorie du champ de la conscience). Anos antes, em 1937, o autor havia escrito um artigo de título similar em francês (“Quelques príncipes fondamentaux de la phénoménologie constitutive”), que seria publicado na revista “Recherches Philosophiques”; porém, a revista foi suspensa antes de o artigo ter sido publicado. Uma versão desse artigo anterior encontra-se traduzida para o inglês e publicada em outro livro, organizado por Lester Embree (Gurwitsch, 1974). Embora haja paralelos significativos entre os dois textos, o seu conteúdo não é idêntico. O capí-tulo de “O campo de consciência” representa um avanço e um amadurecimento de ideias que já estariam presentes desde, pelo menos, a sua tese de doutorado defendida em 1928 e publicada em 1929, “Fenomenologia da temática e do eu puro” (Phänomenologie der Thematik und des reinen Ich) (Gurwitsch, 1929/2009), ainda que de forma germinal.O trabalho de tradução que propusemos teve por base e apoio principal o texto da versão em inglês de “O campo de consciência”. Mas, ao mesmo tempo, para fins de clareza e refinamento conceitual e linguístico, optou-se pelo cotejamento com a versão francesa do mesmo livro. O texto foi traduzido na íntegra. Optamos por preservar o formato do texto original, com os seus indicadores e nomes de seção e com a manutenção das notas de rodapé do autor. As expressões de outros idiomas citadas ao longo do texto pelo autor foram mantidas e, quando necessário, foi acrescentada uma nota de rodapé explicativa, sempre iniciada por “NT” para indicar que se trata de uma “nota dos tradutores”. Notas dos tradutores também foram incluídas para expressões de difícil tradução ou cuja opção terminológica exigia um esclarecimento. As notas de rodapé do autor, por sua vez, foram todas traduzidas e, para elas, não inserimos qualquer iden-tificação adicional. Nelas, foram mantidas as expressões em latim do original para a remissão a trechos de obras citadas por Gurwistch, para as quais vale um esclarecimento: “loc. cit.” indica uma obra já citada de um autor, com o nome citado; “Id.” (abreviação de idem) refere-se à repetição da obra citada em nota imediatamente anterior; e “Ibid.” (abreviação de ibidem) refere-se à repetição do local citado mais de uma vez em nota anterior. A única exceção diz respeito à tradução de “f.” (abreviação de folio) para o s. (abreviação para “seguinte”), para referir-se à página ou seção imediatamente seguinte do trabalho citado, e os seus respectivos plurais (“ff.” e “ss.”), que, por sua vez, indicam as páginas ou seções seguintes do trabalho citado, sem delimitação de fim. Ainda nas notas de rodapé, consta a remis-são a SPP, cuja notação preservamos, e que se refere ao segundo volume das obras coligidas do próprio Gurwitsch, “Studies in Phenomenology and Psychology” (Estudos em Fenomenologia e Psicologia). Obras de outros idiomas e não traduzidas para o português citadas no corpo do texto tiveram o seu título traduzido em português. Obras de outros idiomas citadas em nota de rodapé tiveram o seu formato original mantido. Para aquelas notas de rodapé que se referiam à própria obra de Gurwitsch, “O campo de consciência”, e que, por vezes, o autor indicava com expressões como “ver acima” ou “ver abaixo”, ou “adiante”, e afins, colocamos a referência da obra entre parênteses – Gurwitsch (2010) – para evitar confusões. Por fim, indicamos as páginas do texto original ao longo da tradução, para facilitar a conferência do texto-fonte por parte de acadêmicos e especialistas.